sexta-feira, 30 de março de 2012

Roteiro turístico e cultural do vale do Paraíba.

Roteiro turístico e cultural do vale do Paraíba. Locais de atrações turísticas. Historia da região importâncias e características no século XIX

O Vale do Paraíba é uma região sócio-econômica que abrange parte do leste do estado de São Paulo e sul do estado do Rio de Janeiro, e que se destaca por concentrar uma parcela considerável do PIB do Brasil. O nome deve-se ao fato de que a região é a parte inicial da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul.  Geralmente, a denominação costuma incluir também o litoral norte do estado de São Paulo, que lhe é vizinho e estreitamente ligado.


   O Vale do Paraiba se localiza nas margens da rodovia Presidente Dutra (BR-116), exatamente entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, dentro da megalópole formada pelas duas capitais e com seu principal eixo urbano seguindo o traçado da Via Dutra. Apesar de altamente urbanizada e industrializada, a região também tem reservas naturais importantes, como a Serra da Mantiqueira, na divisa com Minas Gerais, que contém algumas das montanhas mais altas do Brasil, e a da Bocaina, reduto de Mata Atlântica que também inclui pequenas cidades e fazendas de interesse histórico e arquitetônico.
  A população somada de todas as cidades da região é de quase 3,3 milhões de habitantes.
São José dos Campos é a maior cidade da região.
   A história do Vale do Paraíba está intimamente ligada ao ciclos econômico do café, período de opulência que deu prestígio e poder político à região.
No início do século XX, um grupo de religiosos da ordem trapista se instalou na fazenda Maristela, em Tremembé, e introduziu a cultura do arroz nas várzeas do rio Paraíba do Sul, além de novas técnicas de plantio e irrigação.
A produção de leite foi introduzida com a decadência do café, ocorrida a partir da crise econômica mundial de 1929.
   Durante a década de 1940, foi construída e começou a operação da maior siderúrgica integrada da América Latina, a CSN, instalada em Volta Redonda.
A partir dos anos da década de 1950, a região industrializou-se rapidamente. Nesta época, destaca-se a criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, a consequente instalação da indústria aeronáutica com a EMBRAER, o maior complexo aeroespacial da América Latina, além das fábricas veicular Volkswagen, Ford e de eletrônicos LG, do lado paulista, do lado fluminense, destaque para Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), PSA Peugeot Citroën, Volksvagen Caminhões e Ônibus (maior fábrica de caminhões do Brasil), Guardian do Brasil, Galvasud, Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Michelin, White Martins, a Industria Nacional de Aços Laminados (INAL), Companhia Estanifera Brasileira (CESBRA) e da S/A Tubonal (fabricante de tubos de aço), entre outras. A região possui um parque industrial altamente desenvolvido,[4] destacando-se o sector automobilístico, aeroespacial/aeronáutico, bélico, metal-mecânico e siderúrgico entre outras.
   A agropecuária ainda é de grande importância para vários municípios dessa região. O Vale do Paraíba é o segundo maior polo produtor de leite do país. Por questões conjunturais, a produção de leite se encontra em decadência, mas ainda sustenta boa parte da população rural dos pequenos municípios. O arroz é um dos mais importantes produtos agrícolas da região atingindo na safra de 2002/2003, a marca de 850 mil sacas de 60 kg.[5]
   O Vale do Paraíba é uma região com grande concentração de instituições de ensino superior, dentre as quais destacam-se as públicas: ITA (em São José dos Campos), UNIFESP (campus em São José dos Campos), [UNESP] (campus em São José dos Campos - Odontologia) USP (campus em Lorena), UNESP (campus em Guaratinguetá) e unidades da FATEC (Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Taubaté e São José dos Campos)
Fonte:  pt.wikipedia.org/wiki/Vale_do_Paraíba



Conheça agora os 06  melhores roteiros turísticos da região:

1-         Eco-turismo – Cidades de Piquete, Paraibuna, São Francisco Xavier (distrito de São José dos Campos), São José do Barreiro.


2-         Roteiro da Fé - Aparecida, Cachoeira Paulista, Cunha, Guaratinguetá, Lorena.








3-  Serra da Mantiqueira: Piquete,  Itatiaia


4-    Turismo Cultural  - Vale Histórico: Silveiras, Lavrinhas, Queluz, Areias, São José do Barreiro, Arapeí e Bananal. Cunha, Lagoinha, São Luís do Paraitinga, Redenção da Serra e Natividade da Serra.


5-         Turismo Cultural  - Cidades Históricas: Santa Branca, Jacareí, São José dos Campos, Caçapava,Taubaté,Tremembé, Pindamonhangaba, Roseira. Resende, Barra Mansa Valença e Paraíba do Sul



6-   Vale Moderno - São José dos Campos, Cruzeiro.

Fonte: As fotos das cidades foram retiradas de sites referentes as mesmas.










Roteiro Turístico Cultural Vale Do Paraíba



Roteiro Turístico Cultural
Vale Do Paraíba

Pensando em viajar? Não deixe de levar em consideração a viajem no tempo ao Vale do Paraíba.
Localizado no leste do território paulista, a região oferece sossego, e uma carga muito grande de história e cultura pelas antigas fazendas de café, em que o excedente do produto se transformava em luxo seguindo os padrões europeus da época. Muito procurada a região é um grande atrativo pelo clima de montanha e os festivais de inverno, além de trilhas e locais para esportes ligados a natureza.
Atualmente vemos muitas produções de filmes e novelas, que retratam a vida desses Barões do Café. Em todas as cidades encontramos ótimas pousadas, hotéis e restaurantes.
Mas aconselhamos que sejam levadas roupas de frio, já que apesar de ameno alguns dias o clima pode ficar bem frio.

Cidades Mais Atrativas

Cunha- A cidade mantém as tradições da vida rural, tendo um ritmo de vida lento. As estradas de terra que cortam a cidade são habitadas pela população, outro destaque fica para as festas religiosas, que levam multidões à cidade, principalmente a Festa do Divino, sempre esperada para o mês de julho. A cidade é endereço certo para quem busca tranquilidade.

São José do Barreiro- A cidade atrai por sua beleza, sendo rica em belas paisagens, trilhas na mata, cachoeiras, áreas verdes, doces, comida caseira e a hospitalidade característica do interior paulista. Ainda no século XVIII, descendo a serra da Mantiqueira em direção ao porto da Mambucaba, o capitão Fortunato Pereira Leite e seu cunhado João Ferreira de Souza, com seus familiares e agregados vindos de Pouso Alto, se detiveram nas proximidades de um atoleiro de difícil passagem. Aí fundaram um arraial onde, em 1820, foi erguida uma capela dedicada a São José, passando o povoado a ser conhecido com São José do Barreiro, nome que conservou ao ser elevado à vila em 1859.

Bananal- Em Bananal, os barões do café formavam a elite do Império. Hoje, é possível admirar os belos sobrados da cidade e os casarões históricos das fazendas da região, além da beleza da Serra da Bocaina. Os locais imperdíveis para se conhecer em Bananal são a sua antiga Estação Ferroviária e a Pharmácia Popular, aberta desde 1830.



Queluz- Originou-se Queluz de um aldeamento de índios puris, criado no ano de 1800. A aldeia cresceu em torno de uma capela, onde hoje se ergue a igreja matriz.
O município desenvolveu-se com a cultura do café, que aí deixou importantes marcos culturais, como as sedes ainda existentes das fazendas do Sertão, São José, Restauração, Bela Aurora, Regato, Cascata e outras.
Os turistas podem apreciar essa pacata cidade e admirar as construções históricas, o Mirante do Cristo e a Bica da Pedrinha (fonte de água pura e cristalina).


Silveiras- Silveiras surgiu ao final do século XVIII em torno de um rancho de tropas da família Silveira. Historicamente famosa pelo tropeirismo, a cidade faz o resgate do seu passado através da gastronomia e festas tradicionais, como a Festa do Tropeiro, evento que ocorre sempre no mês de agosto.







IMIGRANTES PIONEIROS EM SÃO JOÃO DEL REI



Estamos em 1881! Situada em local muito aprazível, de clima ameno e saudável, na margem esquerda do rio das Mortes, encontramos a progressista São João Del Rei!. (A pintura de R. Walsh mostra São João del Rei em 1829).

  A imigração italiana, ao lado da japonesa e alemã, foi empreendida pelo Brasil, ainda no final do Segundo Reinado, sob convincente argumentação. A escravidão estava chegando ao seu fim através da lei do ventre livre e da proibição do tráfego de escravos. Assim, a escassez de mão-de-obra para a expansão da produção agropecuária e industrial, além da necessidade de povoar os grandes vazios do sudeste e sul do país colocaram imigração como alternativa mais viável e vantajosa.
  É nessa perspectiva e no fato de que o imigrante será útil para "a indústria pastoril, sericultura com a criação do bicho da seda, sem a incompatibilidade de outras, poderão medrar prosperamente", que o jornal são-joanense Arauto de Minas defende a vinda dos imigrantes italianos para São João del-Rei, em sua edição de 18 de janeiro de 1886.
  Fugindo dos problemas acarretados pela unificação da Itália (guerra, desemprego, fome e miséria) e atraídos por intensa e bem dirigida propaganda do governo brasileiro, os italianos deixaram sua pátria em busca de vida digna e prosperidade.


Fonte: palcoteatral.blogspot.com
      
                                                         Família Boscolo

Texto baseado numa entrevista com Roberto Boscolo que fala sobre a vinda de seus avos italianos para o Brasil obtida no site em http://www.museudapessoa.net/hotsites/msjdelrei/boscolo.htm

Identificação
   
   Roberto Boscolo nasceu em São João Del rei, Minas Gerais, no dia 8 de setembro de 1947. Seus avós maternos nasceram na Itália e vieram para cá em 1888 de Florença, porque aqui ganharam terrenos que foram divididos em vários lotes nas diferentes colônias. Quando a lavoura começou a fracassar os italianos foram trabalhar na Fábrica Sanjoanense, ou na rede ferroviária e ou montaram fábricas de móveis e nelas trabalharam. 

   A Família Boscolo morava em uma casa pequena, de quatro cômodos, o banheiro era fora de casa, mas com o tempo a família foi crescendo, e hoje acasa ampliada. As tarefas em casa eram divididas: as mulheres cuidavam das coisas de casa e os homens cuidavam da horta, de rachar lenha, arrumar canteiro.A família morava no bairro das Fábricas, com espaço para brincadeiras: o Oratório São João que ficava onde é a Cacel,tinha um jardim todo gramado, onde as crianças jogavam bola, e outras brincadeiras como o jogo de bocha. Neste gramado se via o trem passar. 


 Escola/Educação


    Sempre fomos incentivados para estudar, mas só que a gente não tinha muitas condições financeiras. Por isso nós trabalhávamos durante o dia e estudávamos à noite. Entrei na escola com sete anos, e eu mesmo me matriculei, com a certidão de nascimento que meu pais havia me dado. Minha primeira escola foi o grupo escolar Aureliano Pimentel. Naquela época, na escola, apanhávamos muito, mas era muito gostoso, era bem diferente da escola de hoje. 
  A educação influenciou muito na minha personalidade. Tínhamos que obedecer aquelas regras rígidas da escola, fazíamos as tarefas e se não podia faltar mesmo. Eu estudei até os doze anos. Estudei uma parte no turno da manhã e uma parte no turno da tarde. Porque o 1º e 2º ano funcionavam no turno da tarde, e à partir do 3º ano era no turno da manhã. Então nós saíamos de casa com as mochilas, quer dizer não tinham mochilas, nós levávamos o embornal, com pouco caderno e material escolar.
   A educação religiosa que tivemos foi a católica. Tivemos educação política por causa das pessoas do bairro e também de meu pai, que gostava muito da política, particularmente do partido UDN (União Democrática Nacional).


 Vida no bairro


   Quando eu era criança a situação era bem diferente. Nós não tínhamos calçados direito e tínhamos muita dificuldade de ordem financeira. O problema era sério na época, porque nossa família era muito grande. Mas tínhamos muitos amigos, todo mundo aqui no bairro era amigo, essa criançada toda. Quando eu crescesse, pretendia ser um grande historiador, mas enfim, não deu. Minhas brincadeiras preferidas eram pique-pega e pique de esconder. 



 Trajetória profissional


   Atualmente eu trabalho no Museu Regional. Meu primeiro emprego foi no Colégio São João por pressão familiar, para ter uma atividade. Então eu estudava e ia para o colégio. Mas a primeira profissão que tive foi a de encadernador, depois interrompi esta atividade e fui para o colégio. Só mais tarde foi que arrumei trabalho no Museu Regional. Desenvolvi meu campo profissional


 Cotidiano atual

   Moro com a minha mãe e três irmãs, duas irmãs solteiras e três sobrinhos. Hoje a minha atividade mais importante é o meu trabalho, porque serve para manter a casa. É muito interessante o dia, porque cada dia é uma surpresa diferente. Eu gostei muito do dia que eu comecei a trabalhar fichado, igual eu estou hoje, como auxiliar de conservação e restauração, porque eu entrei como serviços gerais e logo fui ser escolhido para auxiliar de restauração. Nas horas de lazer eu planto horta, adoro mexer com plantas. Sou solteiro e não tenho filhos. Gosto de política, e sou da antiga UDN, lembro-me da primeira vez que votei, achei que estava votando no candidato certo e estava cada vez votando errado. Sou católico, mas no momento estou bem afastado da religião, já trabalhei na igreja, fiz parte do Movimento Comunitário Dom Bosco, mas no momento não estou me envolvendo em nada. Gosto de natação e não tenho hobby, não freqüento clubes. 

 Expectiva de vida


    Meu maior desejo é que as coisas melhorassem e que a gente pudesse arrumar emprego para todo mundo, principalmente para os meus sobrinhos. A minha maior decepção é com a situação atual do país. Meu sonho é poder comprar uma casa. 

  Minha vida hoje é um pouco corrida, a gente corre muito para adquirir as coisas, acho a vida hoje muito apertada.  


Os imigrantes italianos em São João Del Rei
   O núcleo foi destinado exclusivamente a colonos italianos. Estes e seus descendentes deram uma grande contribuição para o progresso da indústria têxtil em São João Del Rei. A ideia de atrair imigrantes para São João Del Rei se fortaleceu com a possibilidade da chegada da ferrovia na cidade. Não foram somente os imigrantes recusados por fazendeiros da região que formaram o núcleo do Marçal. A intenção das autoridades, da Cia. de estrada de ferro e, posteriormente da Cia. Agrícola era de formar núcleos coloniais, habitando assim as áreas de atuação destas empresas que eram pouco povoadas e, ao mesmo, promovendo o “embranquecimento” e a “europeização” da população local. Seriam oferecidos ao imigrante um lote de terras, a subvenção estatal e a garantia de mercado para seus produtos, a Cia. Agrícola Oeste de Minas compraria a produção destes imigrantes e a ferrovia garantiria o escoamento desta produção. Esta política de implantação de novos núcleos não foi implementada, ficando restrita ao núcleo colonial de São João Del Rei. Temos elementos suficientes para afirmar que a implantação do núcleo colonial na região se concretizou pela existência da ferrovia.
   Os colonos italianos instalados em São João Del Rei experimentaram duas fases com situações administrativas distintas dentro do núcleo. A primeira, de 1888 até 1894, é marcada pela falta de interesse do Estado em prestar assistência ao núcleo. Os imigrantes italianos tiveram que buscar alternativas para tirarem o sustento. No periódico “A Pátria Mineira” de 01 de Agosto de 1889 já trouxe notícias sobre o estado de abandono em que se encontravam os colonos e que a demora para o pagamento das habitações em construção “poderia acarretar desanimo aos colonos”.  Nesta fase, o Estado pretendia desalojar os imigrantes do núcleo para construir a capital mineira naquela área. Tal período de abandono levou a várias reclamações dos imigrantes à Câmara Municipal de São João Del Rei. Os relatos de Carlos de Laet sobre a várzea do Marçal retratam esse estado de abandono: “A várzea do Marçal (...) tem ultimamente adquirido fama, e não pequena, por ser um dos pontos indigitados para o assentamento da futura capital do Estado de Minas. (...)Tudo isso (...) está quase desabitado. Apenas vinte fogos contaram os engenheiros em área de tamanhas dimensões! Raros colonos cultivam algumas hortaliças ou entregam-se à destruição do mato para fazer lenha”.
   A segunda fase começa a partir de 1894, quando se define o local para se assentar a nova capital, e vai até a emancipação do núcleo em 1900. Nesta fase o Estado investiu e fiscalizou  os núcleos coloniais. O núcleo são-joanense passou a contar com o administrador nomeado pelo município, neste interregno ocorreu a maior prosperidade do núcleo. Várias casas, pontes e estradas foram construídas. A produção agropecuária aumentou e a indústria de olaria expandiu a produção de tijolos e telhas. Com as melhorias, o núcleo conseguiu a emancipação, passando a se manter sem a tutela do Estado, e foi integrado ao município de São João Del Rei.

   Em São João Del Rei, alguns dos imigrantes italianos e seus descendentes se integraram à sociedade são-joanense e participaram da atividade comercial e industrial da cidade. Alguns imigrantes, com o apoio da Câmara Municipal, deixaram a lavoura e partiram para a atividade comercial na cidade. Outros imigrantes ou descendentes  tornaram-se operários na indústria têxtil.
   A imigração italiana em São João Del Rei possibilitou o aumento da população, influenciou a diversificação do comércio da cidade, os imigrantes forneceram produtos de olaria para construção de novas edificações, aumentaram a oferta de produtos agropecuários na região e forneceram mão-de-obra para o desenvolvimento da indústria têxtil.
    Favorecendo o aumento do contato entre a população do núcleo com a cidade e, além do contato, a integração do núcleo à mesma, foi inaugurada em 21 de abril de 1910, o ramal ferroviário da E.F. Oeste de Minas ligando São João Del Rei a Águas Santas. O ramal ferroviário de 11,805 km partia da estação Chagas Dória, em Matosinhos, atravessava o rio das Mortes, cortava a colônia do Marçal e ia até o balneário de Águas Santas. Este ramal melhorou as comunicações e agilizou o fluxo de mercadorias e passageiros do núcleo colonial ao núcleo urbano de São João Del Rei.
   São João Del Rei também recebeu imigrantes de outros países como a alemães, turcos, franceses, portugueses e outros.
    Uma contribuição de imigrantes franceses foi a criação a empresa Bozel no município de São João Del Rei como segue o histórico abaixo.
    Bozel, com sede e planta no Brasil, unidade operacional na França e escritório de marketing e vendas nos EUA, é a maior produtora de Cálcio Silício do ocidente, sendo também produtora de outras ferro ligas em inúmeras granulometrias. Com o domínio da produção de bobinas de Cored Wire em várias dimensões e materiais, completa-se o ciclo de fornecimento de matéria prima objetivando o melhor atendimento aos produtores de aço.




   Fonte:  http://www.bozel.com/historia.html


   
   Foi entrevistado o engenheiro químico Sr.Claude Chalifour, imigrante Francês que veio para São João Del Rei para trabalhar na BOZEL. Ele nasceu dia 14/08/1941 em Chindrieux na França. Em 1978, com 37 anos, ele veio para São João Del Rei. Em 78 ele descreve que São João era uma cidade muito tranquila e não tinha tanta violência como têm hoje, os jovens eram mais tranquilos. Claude fala que não teve muitos problemas para se adaptar e que a única coisa que ele se sente muito incomodado é com o frio, tanto que quando chegava o inverno ele entrava em férias e viajava para França (quando aqui e inverno lá e verão), hoje como ele já esta aposentado, fica seis meses no Brasil e seis meses na França, pra fugir do inverno. Ao contar um pouco sobre a família Claude se confundi diz que não tem muito do que falar de seus familiares, ele e filho único e não tem uma família grande, vem de uma família nobre perdeu seus pais muito cedo, se casou duas vezes. No primeiro casamento foi na França resultando em dois filhos hoje a filha é enfermeira e o filho é comerciante. No segundo casamento, Claude conheceu Edna Chalifour em São João Del Rei, se casou e tem um filho com ela atualmente esse filho vive na França como músico. Pergunto se ele prefere a França ou Brasil? Ele sorri e fala que era difícil escolher, mas que prefere o Brasil, mas nunca se desfaz da França. Empolgado conta um pouco sobre lá e de como e bonito principalmente as paisagens naturais, que na cidade onde mora e no interior da França é muito bela. Na entrevista temos dificuldade de conversar, pois ele só fala em francês e só entende o português então sua mulher traduzia o que ele falava para conseguirmos fazer a entrevista.
   Hoje Claude vive com a sua mulher Edna, tem dificuldade de se mover pelo fato de ter pinos no joelho por causa de acidente de trabalho, em sua maior parte de tempo livre faz belos bordados como um hobby no que diz ser normal na França. No fim da entrevista peço pra tirar uma foto ele diz que só poderia tirar com o consentimento de Edna e que só tirava se ela tivesse ao seu lado (antes de começar a entrevista pergunto se eu poderia filmar, ele não permite fala que é algo de cultura).





Na foto Claude Chalifour ao lado de sua esposa Edna Chalifour.










quarta-feira, 28 de março de 2012

As atividades econômicas do Sudeste

2º Reinado

Ciclo do café
Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no mercado interno.

Os fazendeiros (barões do café), principalmente paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investida na indústria, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o processo de industrialização do Brasil. 




Imigração
Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais de São Paulo, a partir de 1850. Vieram para, aos poucos, substituírem a mão-de-obra escrava que, devido as pressões da Inglaterra, começava a entrar em crise. Além de buscarem trabalho nos cafezais do interior paulista, também foram para as grandes cidades do Sudeste que começavam a abrir muitas indústrias.
Grandes fazendas
 As fazendas do Vale do Paraíba, primeiro centro cafeeiro da região Sudeste, não têm mais do que 50 mil pés de café. As do oeste paulista, por sua vez, chegam aos 600 mil ou 800 mil cafeeiros. Nos últimos anos do século XIX, tornam-se empresas modernas e mecanizadas – utilizam equipamentos aperfeiçoados, como ventiladores, despolpadores e separadores de grãos. Em conseqüência, surgem várias tarefas especializadas em seu interior, aumenta a divisão do trabalho e a produtividade.
Indústria e serviços
As atividades industriais, pouco significativas nos primeiros decênios do século XIX, começam a crescer junto com a economia cafeeira, na segunda metade do século XIX. Enquanto de 1841 a 1845 apenas uma patente industrial é expedida, entre 1851 e 1855 esse número sobe para 40. Na década seguinte, são fundadas 62 empresas industriais; 14 bancos; 3 caixas econômicas; 20 companhias de navegação a vapor; 23 companhias de seguro; 4 companhias de colonização; 3 de transportes urbanos; 2 companhias de gás e construídas 8 estradas de ferro. Surgem grandes empreendedores no país, como Irineu Evangelista de Souza, o visconde de Mauá.
Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), o visconde de Mauá, industrial, banqueiro, político e diplomata, é um símbolo dos capitalistas empreendedores brasileiros do século XIX. Inicia seus negócios em 1846 com uma pequena fábrica de navios em Niterói (RJ). 

Na atualidade
A economia do Sudeste é muito forte e diversificada. A região Sudeste pertence a maior região geoeconômica do país, em termos de economia.
A agricultura é praticada em todos os estados da região. Os principais produtos agrícolas cultivados são: cana-de-açúcar, café, algodão, milho, mandioca, arroz, feijão e frutas.
A pecuária também é praticada em todos os estados da região. O maior rebanho é o de bovinos e o estado de Minas Gerais é o principal criador. Eqüinos e suínos também são encontrados.
Na região Sudeste, pratica-se o extrativismo mineral. Os principais minérios explorados são ferro, manganês, ouro e pedras preciosas. As maiores jazidas são encontradas no estado de Minas Gerais.

Destacam-se as seguintes indústrias:
Existem também indústrias de produtos alimentícios, de beneficiamento de produtos agrícolas, de bebidas, de móveis, etc.

Agricultura
O setor agropecuário apresenta-se muito desenvolvido e extremamente diversificado. A existência de um setor agrícola forte nessa região deve-se à existência de vastos solos férteis (a terra roxa). Embora o café tenha sido a força econômica pioneira da ocupação do estado de São Paulo e de seu grande desenvolvimento econômico, o seu cultivo tem se reduzido cada vez mais (sendo atualmente a principal área produtora a região do sul de Minas) e, atualmente intercala-se com outras culturas ou foi inteiramente substituído.
Destacam-se, na produção agrícola regional, a cana-de-açúcar, a soja e a laranja. O Sudeste é responsável pela maior parte da produção de cana-de-açúcar do país, concentrada na Baixada Fluminense, na Zona da Mata mineira e no estado de São Paulo (50% do total nacional). Já o cultivo da soja apresenta crescente avanço, pois é largamente utilizada na indústria de óleos e de rações para animais, sendo uma grande parte exportada. Em sua maior parte destinada à industrialização e exportação de suco, a produção de laranjas é realizada principalmente no estado de São Paulo, que responde por 80% do total nacional. Também são produtos de destaque na agricultura do Sudeste, o algodão, o milho, o arroz, a mamona e o amendoim, entre outros.
Pecuária
A pecuária também tem grande destaque na região, sendo o seu rebanho bovino o segundo maior do país. A grande produção de carne bovina (pecuária de corte) e suína permite a instalação e o desenvolvimento de frigoríficos e indústrias de laticínios (pecuária leiteira). A criação de aves (avicultura) e a produção de ovos são as maiores do país (aproximadamente 40% do total nacional), concentrando-se no estado de São Paulo.
Importância para o PIB brasileiro
 É a região mais rica do país: seu PIB é em torno de 1.698.590.000.000,00  segundo o IBGE (no ano de 2009). Só para se ter uma ideia, só São Paulo, que é o estado de maior circulação de dinheiro do Brasil, tem um PIB em torno de um trilhão e com uma participação de 33% no Produto Interno Bruto nacional. A cidade, aliás, é o único local brasileiro considerada uma megalópole (cidade com níveis acima de uma metrópole). A sua economia se espelha na taxa de área urbana nos estados que compõem a região: em torno de 90,5%. A alta circulação de renda em contraponto com a enorme população do local resulta num Índice de Desenvolvimento Humano alto: 0,824 - o segundo maior do Brasil, perdendo apenas para a região sul.